Não se pode falar de educação sem amor...

A Educação é a arma mais poderosa que você pode usar
para mudar o mundo. Os filhos tornan-se para os pais, segundo a educação que
recebem, uma recompensa ou um castigo. Educar é crescer. E crescer é viver.
Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra...


domingo, 1 de maio de 2011

AS CRIANÇAS E SEUS MEDOS


Um problema que aflige muitos pais é o medo desmedido que algumas crianças apresentam diante de situações aparentemente inofensivas. Tal situação não é rara e pode ocorrer com qualquer criança. A maioria dos medos infantis, como o de escuro, de dormir sozinho ou de animais, permanece em níveis controláveis e tende a desaparecer com a idade. No entanto, alguns desses medos podem tomar proporções excessivas e evoluir para um quadro denominado fobia. A dúvida da maioria dos pais se refere a como esses medos aparecem e o que se pode fazer para ajudar a criança a superá-los.
É importante ter claro que o sentimento de medo é uma reação instintiva de defesa, que ativa os sinais de alerta do corpo enos prepara para fugir diante de situações ameaçadoras, ou seja, o medo é um sentimento natural e apropriado a uma determinada situação. Aprender a lidar ou mesmo superar os medos é um sinal de amadurecimento emocional.
Medos aparentemente irracionais podem ter diversas causas. A mais comum é a experiência direta, como, por exemplo, quando a criança é mordida por um cachorro e passa a temer todos os cachorros que aparecem em sua frente, independente do seu tamanho ou da sua aparência. É claro que nem todas as crianças que são mordidas por cães passam a desenvolver esse medo, mas, dependendo da intensidade da experiência e de quanta ansiedade a criança sentiu, há grandes chances de passar a apresentar esse medo com maior intensidade.
Outra causa para os medos é a observação da reação de ansiedade de outras pessoas diante de determinadas situações. Podemos citar o caso de uma criança que foi levada para atendimento clínico, porque entrava em verdadeiro pânico quando ocorria uma tempestade. Apesar dela nunca ter passado por nenhuma experiência direta com chuvas fortes, um fato provavelmente contribuiu decisivamente para sua reação diante da tempestade. A mãe relatou que também sentia muito medo de tempestades e que, sempre que elas ocorriam e ela estava em casa com a criança, corria apavorada para baixo da mesa com o filho nos braços. Provavelmente, nesse caso, a criança literalmente aprendeu a sentir medo de chuva ao sentir o desespero da mãe.
Uma terceira causa relaciona-se com os pensamentos que acompanham as situações que despertam medo. Muitas crianças, principalmente nas idades de 3 a 5 anos, quando vão para uma casa nova, por exemplo, passam a sentir pavor de dormir sozinhas no novo quarto. Elas costumam relatar a presença de personagens imaginários e se recusam a passar a noite lá. Muitos pais encaram isso como uma tentativa de manipulação da criança (e, em alguns casos, é mesmo), mas na maioria das vezes esse medo é real e a criança se sente apavorada, porque não consegue controlar os próprios pensamentos no novo ambiente. A companhia de um adulto ou mesmo do irmão mais novo costuma ser suficiente para que a criança adormeça tranquila. Esse fato mostra que o medo está muito mais relacionado à fantasia da criança do que a algum fator ambiental. Vale ressaltar, que não é porque uma criança relata ou demonstra medo em relação a uma determinada situação ?ameaçadora? (o medo de dormir só no novo quarto) que devemos evitar tal situação como uma forma de poupar sofrimento. O recomendável é encarar tal situação como uma oportunidade de superação, dando apoio, demonstrando segurança e respeitando a singularidade de cada criança.
Como já mencionado, a maioria dos medos das crianças tende a desaparecer com o tempo. Os pais podem ajudar nesse processo tentando deixar a criança segura diante de situações que lhe causem medo. Se a criança tem medo de cães, os pais podem, junto com ela, brincar com esses animais em situações que não ofereçam risco (filhotes que não mordam e que não assustem a criança com latidos fortes, por exemplo). Um erro comum é o adulto tentar "consertar" o medo da criança fazendo com que ela o enfrente contra a vontade. É o caso do pai que joga no mar a criança que tem medo de água. Esse tipo de atitude não costuma gerar bons resultados porque, em geral, a criança se assusta muito, entra em pânico e é retirada da água já em completo desespero. Nesses casos, a experiência de "enfrentamento" apenas contribui para aumentar o medo da criança.
Há circunstâncias em que as reações de medo se tornam muito intensas e passam a interferir no desenvolvimento saudável da criança. Nesses casos, o mais indicado é os pais procurarem um acompanhamento terapêutico. Os resultados são bons e podem evitar a criança e seus pais de um sofrimento desnecessário.
O grande erro de usar o medo para controlar as crianças

Grande parte dos adultos procura controlar as atitudes dos filhos com base na ameaça, eles fazem um tipo de pressão psicológica para que a criança desenvolva o medo. Estudos mostram que essa não é a melhor forma de lidar com os pequenos.

Os adultos criam fantasias ameaçadoras, como é o caso do Homem do Saco e a do Bicho Papão, tudo isso como uma forma de inibir a má criação. Segundo alguns tópicos da psicologia infantil, os “contos” inventados para assustar podem despertar medo e traumatizar o individuo por toda a vida.

As crianças já possuem um imaginário bem fértil, elas criam fantasias por si só e não precisam das invenções dos adultos, isso só agrava os seus ingênuos pensamentos. Assim, os pais devem ter alguns cuidados para controlar os filhos,criar crianças corajosas e não estimular o medo em todos os sentidos.

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