Não se pode falar de educação sem amor...

A Educação é a arma mais poderosa que você pode usar
para mudar o mundo. Os filhos tornan-se para os pais, segundo a educação que
recebem, uma recompensa ou um castigo. Educar é crescer. E crescer é viver.
Educação é, assim, vida no sentido mais autêntico da palavra...


sexta-feira, 15 de abril de 2011

Chulé: até o bebê pode ter se não souber evitar





Muitas mães já puderam sentir aquele cheirinho de "azedo" que algumas vezes emana dos pezinhos gordinhos e cheios de dobrinhas de seus bebês, ao tirar os sapatinhos e meias, após um dia de muita atividade. Ao começarem a querer caminhar, é normal que o armário dos pequenos comece a se encher de sapatinhos e sandalhinhas da moda.
  
  
   A indústria de calçados infantis agradece e retribui com um farto leque de opções. O problema é a desinformação de muitos pais, titias e vovós, que acabam se deixando levar mais pelas tendências da moda do que pelos conselhos dos especialistas.
  
   Mas para a sorte da criançada, muitas marcas surgiram com o propósito de aliar moda e bem-estar e outras marcas já existentes no mercado trataram de entrar na disputa por essa clientela mais exigente, aderindo à esse novo e bem-vindo modismo da busca pela qualidade de vida.
  
  
   Infelizmente ainda existem aquelas empresas que se preocupam apenas em "ser comercial" e pecam na escolha da matéria prima. Utilizam material barato e pouco recomendado por quem entende do assunto. No final das contas, o barato acaba saindo caro, pois além de trazer problemas para os pezinhos das crianças, esse tipo de calçado logo vai para o lixo ou é aposentado, por durar pouco ou por causar as famosas "bolhas". Mas esse é um tema que trataremos numa próxima vez.
  
   Hoje o assunto é chulé, e para quem pensava que esse era um problema que acometia apenas adultos, se enganou. Até mesmo os bebês podem sofrer com esse mal e, se não cuidar à tempo, correm o risco de se tornarem adolescentes e até adultos com graves problemas de mau odor nos pés.
  
  
   "O chulé, ou bromidrose, nada mais é do que a secreção de suor que se torna mal cheirosa graças à decomposição de bactérias que ela propicia. Ocorre em alguns bebês em fase de amamentação de uma forma mais branda do que nas crianças acima de 3 anos, adolescentes e adultos", explica a podóloga Mildre Buorlo.
   Essa diferenciação de cheiros tem uma explicação científica: o suor do bebê vem das glândulas écrinas e, portanto, não produz cheiros perceptíveis, é um odor próprio de bebê e é relacionado às sensações causadas pela oxitocina - hormônio do amor e do prazer.
  
  
   Uma grande quantidade de oxitocina é liberada para o recém-nascido durante o trabalho de parto e a amamentação. Daí o chulezinho de bebê ter apenas um leve cheirinho de azedo, chegando às vezes ser considerado "gostosinho de sentir" pelos pais corujas.
  
  
   "A bromidrose é causada por vários fatores e pode surgir com mais intensidade nas crianças com tendência à hiperidrose, que é a produção excessiva de suor pelas glândulas sudoríparas.
   O desenvolvimento da bromidrose ocorre principalmente em zonas onde as bactérias conseguem permancer e multiplicar-se com mais facilidade devido à umidade e temperatura propícia, como é o caso dos pés", ensina a especialista, que alerta para o tipo de meias e calçados que devem ser evitados.
  
   "Calçados e meias sintéticas e sandálias de plástico agravam ainda mais o problema do chulé. Por isso os pais devem optar por meias de algodão, que ajudem a manter os pés secos por mais tempo, evitando a proliferação de fungos; assim como o uso de calçados corretos, preferencialmente abertos ou feitos com tecidos não-sintéticos, que deixem o pé 'respirar'.
  
   Outra dica é usar os calçados em dias alternados, de preferência colocá-los no sol ou em uma área ventilada para eliminar a umidade. Não guarde direto no armário! Quem optar por lavá-los após o uso, evite fazê-lo em épocas de chuva, pois tecidos que não perdem todo o sabão ou que demoram a secar, adquirem odor desagradável".
  
   A podóloga vai além na lista de vilões dos pezinhos. Segundo Mildre, a má higiene dos pés também podem propiciar o aparecimento da bromidrose. "Cortar e limpar as unhas com frequência; trocar as meias diariamente, se necessário duas vezes ao dia; manter os pés bem secos; e, sempre que possível e se a temperatura ambiente permitir, deixar a criança descalça em casa; são procedimentos que evitam o problema.
  
   É importante lembrar que não adianta encher o pezinho ou o calçado da criança de talco, se não seguir esses conselhos. Em alguns casos até piora a situação.", orienta.
  
   10 passos para evitar o "chulezinho"
  
   1) Lavar bem os pezinhos dos bebês, principalmente nas dobrinhas;
   2) Secar bem os pés após o banho, especialmente entre os dedos e dobras;
   3) Trocar as meias pelos menos 2 vezes ao dia;
   4) Evitar calçados e meias sintéticas, dando preferência ao algodão;
   5) Preferir calçados abertos;
   6) Colocar os calçados no sol e mantê-los sempre limpos;
   7) Cortar e limpar as unhas frequentemente;
   8) Deixar a criança descalça em casa;
   9) Evitar lavar os calçados em dias chuvosos;
   10) Evitar sandálias de plástico.
  
  
   Procure sempre um podologo habilitado para trabalhar com crianças. No caso de hiperidrose o ideal é procurar um dermatologista, para a indicação de produtos adequados.
   

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